" Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida nao tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou crucificada...a dolorida...
Sombra de névoa ténue e esvanecida,
E que o destino, amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!
Sou aquela que passa e ninguem vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visao que alguem sonhou,
Alguem que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!"
Florbela Espanca
segunda-feira, maio 10, 2004
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