Para ti tornei-me um bicho, um animal nojento do qual ninguém se aproxima. Foi assim que terminou.... numa fuga sem razão e num vazio de cortar à faca.
Agarrei na chave e atirei-a ao rio, pode ser que a corrente a leve e não a deixe ficar no mesmo sitio a enferrujar. Espero que sim. É o melhor para todos. Com o tempo para mim também.
Hoje parei, desliguei o carro e chorei até não conseguir mais, até os olhos parecerem dois tomates maduros prestes a rebentar.
Bebi um café e fumei muitos cigarros. Continuo a não me perdoar por ter aberto a porta, por ter permitido a tua entrada. Dificilmente me vou perdoar. Inicialmente tive medo, a pouco e pouco fui deixando entrar na minha cabeça a ideia de que era normal e merecia uma nova oportunidade de ser feliz e partilhar. Permiti-me a isso e errei! Deus sabe o quanto errei, mas já é tarde! Agora vivo o meu trabalho sem mim, vou porque sim, mas não estou ali. Estou fechada na minha caixinha, bem enroscada e a desejar que ninguém me encontre.
Fui, já não sou e não sei se volto a ser.
2 comentários:
Bem me podes chamar de alguém parvo... :)
só para dizer que sinto o mesmo e nao encontro palavras com tu encontras-te para descrever esta salada de sentimentos....
desejo-nos boa sorte.
rohtah
quem és?
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